Sinopse do Espetáculo
A exposição permanente Carnaval: Ritos, Artes e Criatividade
Mostra uma multiplicidade cultural que tem como denominador comum o Carnaval e onde não podiam faltar a história, as artes e os protagonistas do Carnaval de Torres Vedras. O visitante poderá percorrer três núcleos, com diferentes conteúdos. Carnaval: um universal de cultura: 33 carnavais de todo o mundo, abordados enquanto manifestação participada, enraizada localmente e partilhada transversalmente pela comunidade, nos seus diferentes estratos sociais, de género ou religiosos; O Carnaval de Torres Vedras: dedicado às características e história do Carnaval torriense, ocupa o espaço central da exposição e é marcado pela combinação de uma atmosfera de vibração mecânica, lumínica e sonora geral que cria um ambiente festivo; Rituais com máscara: neste núcleo apresentamos trajes e máscaras originais dos rituais e mascaradas de inverno em Portugal, cujos protagonistas recorrendo ao uso da máscara, invertem a ordem e abrem lugar ao caos e licenciosidades dos comportamentos. O careto é um exemplo paradigmático como podemos observar na maior parte das festas de Trás-os-Montes. Contudo, outras figuras sobressaem como os cardadores de Vale de Ílhavo e os caretos de Mira. É uma exposição interativa, destinada a todos os públicos, acompanhada por áudio guias (PT/EN/FR/ES).
Exposição Temporária:A MASCARADA POLÍTICA O CARNAVAL NA OBRA DE RAFAEL BORDALO PINHEIRO (1870-1905)
Assegurando um comentário gráfico regular da vida portuguesa durante mais de 30 anos, como é que Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) retratou o Carnaval, data importante nos divertimentos públicos de Lisboa? Esta exposição procura responder à pergunta mergulhando na obra gráfica do caricaturista, olhando para o Carnaval, não apenas como um momento de inversão do estabelecido, mas como um fenómeno histórico que contempla inúmeros significados sociais, políticos, económicos e religiosos. Bordalo Pinheiro abordou o Carnaval, tema que lhe era caro, de várias formas: como cena do quotidiano, objeto de reportagem gráfica nos jornais que publicou, para fazer sátira política, desenhar alegorias e decorações para os carros alegóricos dos clubes carnavalescos ou para os teatros da capital nos bailes de terça-feira gorda e, significativamente, abordou o Carnaval para se envolver na polémica causada pela imposição do Carnaval Civilizado, com ritos e propósitos distintos do Carnaval popular. Bordalo Pinheiro foi crítico da tentativa de aburguesamento do Entrudo, e mostrou-o em 1903 com alusão política num dos melhores desenhos carnavalescos saídos do seu lápis. O genial caricaturista era, então, um nome celebrado, entre a pompa de toque dandy e o delírio carnavalesco.
Informação Geral
1º Domingo de cada mês gratuito
PREÇOS
Exposição permanente + exposição temporária (inclui AUDIOGUIAS) | 5,00€
Exposição temporária | 3,00€
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