SUORES DE MEL E A MORTE NÃO TERÁ DOMÍNIO

31 mai24
Cine Teatro Louletano,
Loulé, 21:00

Sinopse do Espetáculo

A criação de dança, Suores de Mel e a Morte Não Terá Dominio, ocorre cinquenta anos após o momento revolucionário do 25 de Abril e trata a Dança como insubmissão e revolução dionisíaca de Heterodoxia. Em articulação com "Heterodoxias" de Eduardo Lourenço, a Heteronímia de Pessoa, “Mitologias” de Eudoro de Souza, a poesia sensual de Natália Correia, de Luiza Neto Jorge, o novo dionísiaco de  A. O. Spare, a pesquisa de K.Kerenyi, o Symposium de Platão, o recuperar de Diotima de A.Silva, a epopeia “Dionisiacas” de Nonus, censurada nos cânones construídos e reconhecidos do épico, e a Filosofia/Dança de Nietzsche, que se mantém da criação anterior.  Inicialmente, era de mel a embriaguez dionisíaca de insubmissão. De cavernas onde se dizia que as abelhas suavam mel. Como os humanos quando o calor lhes torna a pele rubra e a "mania" os assola para longe da pulsão coletiva para o conforme.   Manifestando-se como dança de urgência no amplexo, dança urgente de dionisíaca entidade sexualizada e multiforme, em constante mutabilidade nas entranhas, revolta das árvores e da floresta em silêncio, transgressão de identidades convictas, transgressão de terceiros excluídos. Dança de irresolúvel dialéctica, saturnália em resolução sempre por ser, dança ininterrupta de loucos, dança de inversão de uma socialização restrita em códigos e papéis, ordenações e progressões. Dança das pulsões que eclodem na “carne que enfeitiça o além” (N. Correia.) Nesse dançar-se, o mover da insubmissão esporeia a criação para um caminho de heteronomia,  na dança insane e fervida, um arder dionisiaco, obsessão e revolução. Presentes insubmissos da arte em movimento e da política em movimento, para que saibamos ser no silêncio que a seguir se sonha e se pisa “hóspedes da santidade que não se manifesta” (Natália Correia). A mitologia do “milagre grego” transforma um conjunto muito díspar de manifestações de insubmissão do feminino, em festivais organizados de estado e de cidade com fins pretensamente catárticos de emoção colectiva. O feminino, fora de cena, é revertido para musa, com figuras masculinas basicamente imóveis em cima de coturnos e predomínio da voz. Um coro em uníssono a condenar a hubris como pecado. Um Deus Ex Machina a salvar a face de vez em quando. Uma filosofia, dita nova, onde uma República distópica emerge em pensamento associa o conhecimento ao conhecimento da morte, conhecimento da preparação para a morte, de estratificações da morte. Uma glorificação pela morte, o tipo de heroísmo que se deixa morrer, que convém ao poder cultivar. Uma Apologia que acaba em cicuta. Na escolha da morte. O padrão do "domínio": "Death Shall Have No Dominion" é um poema de Dylan Thomas sobre a sobrevivência da vida, perante o torturar, massacrar, e embrutecer, da temporalidade corrente.  Porque “os deuses não nos querem de joelhos” (N. Correia), para que a lição das revoluções não seja a de que nada se aprende com as revoluções porque nada na insurgência é já do presente e tudo no presente mete medo sem meter no medo o assombro. Sem convocar inscrita em dança a “carne que enfeitiça o além”.

FICHA ARTÍSTICA
Direção, Coreografia, Dramaturgia e Formação: Hugo Calhim Cristóvão & Joana von Mayer Trindade
Bailarinos: Sara Miguelote, Michele Simi, Beatriz Coelho e Lucia Marrodan
Música e Sonoplastia: João Oliveira & NuIsIs ZoBoP
Desenho de Luz: Luis Silva
Figurinos: UN T
Cenografia: Jérémy Pajeanc & NuIsIs ZoBoP
Teoria e Filosofia: Hugo Calhim Cristóvão, Celeste Natário, Carlos Pimenta, Cláudia Marisa, Cristina Aguiar, Ezequiel Santos, Hugo Monteiro, Rui Lopo, Mário Correia, Afonso Becerra, Armando Nascimento Rosa e Sofia Vilar
Design: Eduardo Ferreira
Vídeo: Os Fredericos
Fotografia: Alípio Padilha e João Peixoto
Produção Executiva: Paula Cepeda & NuIsIs ZoBoP
Coprodução: Theatro Circo de Braga, Teatro Municipal de Bragança – Algures a Nordeste Festival de dança Contemporânea, Casa Varela – Centro de Experimentação Artística e Cinteatro Louletano
Residências Artísticas: Casa Varela – Centro de Experimentação Artística,Teatro Municipal do Porto, Circolando, Centro de Criação do Candoso - Fábrica Asa, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, Ginasiano e Kale/Armazém 22, Centro de Criação Nuisis Zobop
Parcerias: Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Instituto de Sociologia da Universidade do Porto - FLUP, Escola do Superior de Educação do Porto, Escola Superior de Arte Dramática da Galiza, ESMAE - Escola Superior Música e Artes do Espetáculo do Porto, Universidade Lusófona do Porto e Fórum Dança
Apoios: Ágora - Cultura e Desporto, Abril Dança e Teatrão

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
» Este espetáculo tem serviço de AD - Audiodescrição, para pessoas cegas ou com baixa visão.
» A Fila B do 1.º Balcão e as Filas B e E do 2.º Balcão apresentam visibilidade reduzida.
» No final do espetáculo, há uma conversa com os coreógrafos Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão.

PREÇOS
Geral | 10,00€

Descontos
Acompanhante de pessoa com necessidades específicas | Maiores de 65 anos | Menores de 25 anos

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