Sinopse do Espetáculo
Youmna Saba é uma compositora e musicóloga nascida em Beirut. O seu trabalho incide sobre a relação entre a música electroacústica e o canto em árabe, utilizando um oud, pedais de efeitos e voz. Depois de ter editado “Njoum” e “Arb’een”, Youmna Saba mudou-se da capital libanesa para Paris. O disco “Wishah”, lançado no ano passado pela Touch, marca uma mudança profunda na sua expressão musical.
“Whishah” é uma despedida do seu país. Significa véu, mas também um jogo de sombras, exacerbado ao ponto em que se torna indistinguível a imagem e a sombra. Organizado em cinco partes diferentes, o álbum funciona como um processo de revelação gradual, descortinando camadas de emoções e perceções para revelar, no fim, um espaço que já não existe.
Tecnicamente, o disco surge de uma investigação sobre as propriedades sónicas de fonemas árabes cantados e o seu papel na modulação de sons eletrónicas sintetizados. Para além disso, utiliza uma extensão digital do oud, desenvolvida por Saba, que amplifica sons mais subtis e normalmente ignorados, como as ressonâncias e a fricção no fingerboard.
Youmna Saba tocou no festival CTM em Berlim, em 2022, no festival Éclat em Estugarda, na Akademie Der Kunst em Berlim e no Internationales Musikinstitut em Darmstadt com o ensemble NeueVocalsolisten, em 2021. Também actuou na Bourse du Commerce em Paris como parte da instalação de Tarek Atoui, no festival Phonetics com Stephen O’Malley, no festival Zebrures d’Automne em Limoges e no Gugak Center em Seul com Kyungso Park e Chang Jaeho, entre outros.
Inaugura o ciclo de concertos As Guitarras Não Têm Saudade, no dia 30 de novembro na Capela da Misericórdia. No dia 7 de dezembro, há concerto de Camafeu e, no dia 14 de dezembro, de Tó Trips, ambos no Seminário Maior de Coimbra.
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