Koolhaas Houselife retrata uma das grandes obras-primas da arquitetura contemporânea: a casa em Bordéus, desenhada por Rem Koolhaas / OMA em 1998. O filme permite ao espectador entrar na intimidade quotidiana da casa através das histórias e tarefas diárias da sua governanta, Guadalupe Acedo, assim como das restantes pessoas que cuidam do edifício. À medida que seguimos e interagimos com Guadalupe, abre-se um olhar inusitado e imprevisível sobre os espaços e a estrutura da casa.

ButoHouse

Algures no gigantesco mar de gente em Tóquio, um homem resiste à maquinaria infernal da grande metrópole. Sozinho, durante 15 anos, criou esta resistência sob a forma de uma casa. Um casulo? Uma catedral? Uma loucura? O trabalho de Keisuke Oka escapa a qualquer definição. Dever-se-ia falar, antes, de um mundo, de um pequeno universo construído e concebido com uma liberdade rara. Formado em dança butô, um movimento coreográfico vanguardista surgido no Japão na década de 1960, Oka faz da arquitetura uma performance. Concebido dia após dia num modo de improvisação, o espaço que emerge lentamente é uma forma de meditação em movimento. Uma obra de arte única, o edifício Arimaston é a marca em betão da vida de um homem. O filme relata esta aventura num momento muito especial da sua história. Em resultado da implementação de novos regulamentos urbanísticos pelo município de Tóquio, o edifício Arimaston foi recentemente sujeito a uma ameaça de demolição por estar demasiado próximo da rua e dos edifícios vizinhos. A única solução seria recuá-lo 10 metros. Os trabalhos de construção foram suspensos até à sentença do julgamento em curso. Tal como o edifício, este filme é uma improvisação. Beka & Lemoine conheceram Keisuke Oka por acaso no dia em que este decidiu construir, antes de a obra ter sido embargada, os últimos três degraus da escada que conduz ao último andar. ButoHouse é um filme sobre betão, iluminação, perseverança e esperança.

Selling Dreams (2016, 25') + Moriyama San (2017, 63')

Moriyama San

Uma semana na vida extraordinária e vulgar do Sr. Moriyama, um entusiasta de arte, arquitetura e música que vive numa das casas mais famosas da arquitetura contemporânea japonesa, a casa Moriyama, construída em Tóquio em 2005 por Ryue Nishizawa (SANAA), vencedor do Prémio Pritzker. Na intimidade deste microcosmos experimental que redefine completamente o sentido comum da vida doméstica, Ila Bêka revela de forma bastante espontânea e pessoal a personalidade única do proprietário: um eremita urbano que vive num pequeno arquipélago de paz e contemplação no coração de Tóquio. Da música noise ao cinema experimental, o filme permite-nos descobrir as ramificações do espírito livre do Sr. Moriyama. Moriyama-San é o primeiro filme sobre música noise, leitura acrobática, cinema mudo, fogo de artifício e arquitetura japonesa.

Rehab (from Rehab) (2023, 86')

Trata-se de uma reflexão sensível e pessoal que questiona o modo como os hospitais pensam os espaços de atendimento para as pessoas mais vulneráveis. Recorrendo à sua experiência pessoal de ter passado a infância em centros de reabilitação junto do seu pai, portador de uma deficiência grave, a realizadora confronta as suas memórias traumáticas com a excecional experiência desenvolvida no centro de reabilitação REHAB Basel, em Basileia, dos arquitetos suíços Herzog & de Meuron. Propondo um tratamento altamente especializado para deficiências físicas e neurológicas, este hospital tornou-se um modelo único graças à sua abordagem holística da reabilitação, que presta a mesma atenção aos cuidados físicos e ao bem-estar mental.

Plateia | 5€

Cad. Rodas ou Acomp - Plateia | 2,50€

Estudante

Filmes legendados em inglês.