Sinopse do Espetáculo
De Pedro Penim
A partir de Gil Vicente
Ficha Artística
Com Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco, Sandro Feliciano
Cenografia e adereços Joana Sousa
Figurinos Béhen
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Desenho de som e sonoplastia Miguel Lucas Mendes
Vídeo Jorge Jácome
Assistência de encenação Joana Brito Silva, Pedro Baptista
Ponto Lídia Muñoz
Produção Teatro Nacional D. Maria II
Em 2023, passam 500 anos sobre a primeira apresentação de A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, no convento de Tomar, perante o rei D. João III. A peça foi escrita no auge da produção dramatúrgica do autor e tentava dar resposta às acusações de plágio de algumas peças estrangeiras, de que vinha sendo acusado. O relato cómico que dá conta das desventuras duma mulher da classe média portuguesa do século XVI, que desafia o poder familiar e a mentalidade medieval que dominava a sociedade quinhentista, seria depois considerada a mais perfeita das obras do "fundador do teatro português”, desfazendo assim dúvidas sobre o seu talento e originalidade.
Cinco séculos depois, Pedro Penim reescreve o original vicentino e transforma-o numa obra do nosso tempo. Este espetáculo é o terceiro de uma trilogia dedicada à família, iniciada com Pais & Filhos, em 2021, a que se seguiu Casa Portuguesa, em 2022. Na senda destas criações, A Farsa de Inês Pereira de 2023 deita o seu olhar cáustico sobre alguns alicerces da sociedade contemporânea, nomeadamente o trabalho, a sexualidade e a célula familiar.