Este espectáculo nasceu numa prisão de alta segurança, em Arles, na Provença. Tudo começa em 2014, quando Jean Ruimi, um condenado com pena prolongada, chega a essa prisão, transferido de Marselha. Uma experiência teatral tida nessa cidade deixara-lhe o ‘bichinho’, e ele quis seguir por esse trilho. A sua determinação e persistência, aliadas à visão da directora da prisão e do director dos serviços de reinserção, acabariam por trazer a este ‘filme’ Joël Pommerat. A colaboração Pommerat/Ruimi daria o primeiro fruto no final de 2015, e o sabor deixado levou-os a continuar. Após ano e meio de um trabalho exigente, fundado na improvisação dirigida, e já com pleno envolvimento da Compagnie Louis Brouillard – e até um estudo sociológico a decorrer em paralelo –, nasceria MARIUS, estreado em Março de 2024 em La Rochelle, seguindo-se vários outros locais em França até ao final desse ano.

JOËL POMMERAT (n. Roanne, 1963) é uma das mais destacadas personalidades do teatro francês actual. Criou em 1990, e dirige desde então, a Compagnie Louis Brouillard, sediada em Paris. Peculiaridade sua é a de não levar à cena senão os seus próprios textos. No seu método de trabalho, a encenação e o texto vão tomando forma simultaneamente no decurso dos ensaios: daí que o próprio se considere um “escritor de espectáculos”. Em 2004, Au monde, estreado em Estrasburgo, constituiu o seu primeiro grande sucesso de público e de crítica. A convite de Peter Brook, foi artista em residência do Théâtre des Bouffes du Nord entre 2007 e 2010 e, depois, artista associado do Teatro Nacional de Bruxelas-Valónia e do Odéon –Teatro da Europa (Paris). É presença regular no Festival d’Avignon desde 2006, ano em que três criações suas foram ali apresentadas. Três das suas peças foram transformadas em óperas por Oscar Bianchi e Philippe Boesmans (duas vezes) e, em 2019, estreou-se como libretista, para uma ópera de Francesco Filidei na Opéra Comique de Paris. No Festival de Almada, apresentou algumas criações marcantes, como Círculos/Ficções, ou A reunificação das duas Coreias.

Criação Teatral JOËL POMMERAT, LIVREMENTE INSPIRADA NA PEÇA DE MARCEL PAGNOL

Colaboração CAROLINE GUIELA NGUYEN, JEAN RUIMI, GUILLAUME LAMBERT

Cenografia e Luz ÉRIC SOYER

Figurinos ISABELLE DEFFIN

Criação Sonora FRANÇOIS LEYMARIE

Créditos de Imagem AGATHE-POMMERAT

Espectáculo em Francês, legendado em Português

Integrado no FESTIVAL DE ALMADA

Plateia | 20€