Sinopse do Espetáculo
April Marmara
02 fevereiro - 18h
April Marmara é o solitário projecto de ghost folk cantado e composto pela Bia Diniz. Com uma invulgar serenidade nos dedos e na pose e um registo vocal cuidado e arrepiante, April Marmara apresenta-nos as suas negras canções de amor.
São canções sem espinhas ou gorduras desnecessárias que, ora lembram as noites de vendaval vistas pela janela do quarto, ora lembram os passeios ao sabor da brisa das pálidas manhãs de Outono. Imagens e mais imagens que Bia Diniz canta sem qualquer pudor. Uma coragem fora de série que é, friamente, catapultada para os ouvidos de quem ouve e reconhece a nostalgia, a solidão e a universalidade de quem escreve canções folk assim. Sim, tudo isto é folk, e é como folk deve ser, solitário, bem cantado, e que podia não ter língua nem terra.
Pip Marinho
16 março - 18h
Sempre transparente, sempre relacionável. A Under The Radar Magazine (EUA) chamou-lhe “a nova melhor exportação musical de Lisboa”.
Através do dedilhado na guitarra e da voz emocional, Pip Marinho (antes conhecido por Marinho) sublinha as delicadas nuances que existem na vida entre segurar a dor e libertá-la.
As resoluções catárticas surgem na forma de canções de folk-rock alternativo que juntou em 2019 no seu álbum de estreia "~" [ler "Til"] e outros trabalhos que tem lançado, assim como o segundo longa-duração que prevê para 2025.
A sua escrita profundamente pessoal e confessional está seguramente a cimentar a sua crescente reputação.
Pip já abriu para artistas como Allegra Krieger, Anna St. Louis, Alice Phoebe Lou, Manel Cruz e muitos mais. Tem tocado extensivamente em Portugal e já deu passos em digressão internacional pela Europa e Reino Unido. Alguma imprensa comparou Pip Marinho a Buck Meek (Big Thief), Black Belt Eagle Scout e até à ícone do rock Alanis Morissette. Vá-se lá ver.
Em 2019, o seu disco de estreia acabou em várias listas de melhores álbuns do ano e o single "Window Pain" foi nomeado para melhor canção nos prémios SPA.
Em 2021, Pip Marinho foi quem oficialmente representou Portugal, com nomeação pela RTP e Antena 3, no festival Eurosonic — o maior festival de showcase de música na Europa.
Em 2024, editou "Férias", novo single que integra a compilação "Amigues com Graça". A compilação — cujos artistas incluem nomes como Luís Severo, Filipe Sambado, Primeira Dama e outros — saiu pela Lay Down Recordings, editora independente que Pip Marinho fundou com alguns dos artistas da cena folk lisboeta como April Marmara, Alek Rein, Monday, Francisco Fontes e outros.
Pedro Branco
13 abril - 18h
Foi pelas mãos da mãe que, aos 12 anos, Pedro Branco conheceu a sua primeira guitarra. Desde muito cedo, o músico começou a fazer música própria, guiando-se pelo instinto e por uma espécie de “esquematização pessoal”.
Aos 18 anos, Pedro dedica-se por inteiro a estudar música, ingressando em duas licenciaturas (Jazz e Música Moderna) e num mestrado em Performance Jazz. A partir daí multiplicaram-se os projetos.
Hoje, Pedro é parte integrante da banda de Tiago Bettencourt e membro do grupo You Can't Win, Charlie Brown, banda com a qual gravou o disco "Ambâr" e participou no festival da canção.
Dentro do mundo do jazz, as colaborações mais notórias foram com o contrabaixista João Hasselberg e com o baterista João Lencastre. No universo dos scats e swings, o músico participou no disco “Unlimited Dreams”, que viria a conquistar um prémio Play.
Pedro Branco estreou-se a solo em 2022.
O processo criativo de onde nasce “A Narrativa Épica do Quotidiano” coincidiu com o período de isolamento pandémico, onde, como que uma bolha isolada e isoladora, o músico se reencontrou “num tempo e espaço interior a que já não estava habituado”.
Aqui, as canções surgiram intimistas. São trechos de melodias, referências de experiências próprias e de ideias abstratas que em muito mostram o que o músico é, como sente e como se sente enquanto artista e humano.
Não em nome próprio, mas com uma conotação muito pessoal, Pedro e a restante parte integrante do trio Old Jazz Mountain, interpreta a obra que Marco Paulo celebrizou.
Foi depois de ter ouvido o disco “Ver e Amar” que o guitarrista se aventurou, num ato experimental, a eternizar o cantor romântico português em melodias jazz. Novamente, em parceria com o baterista João Sousa e desta vez também com o histórico músico Carlos Barretto.
Por esta altura o Pedro, com o seu grupo de jazz, já gravou o que vai ser o seu próximo disco de originais. Neste trabalho, podemos contar com a participação do mítico saxofonista norte-americano Tony Malaby.
Pedro relembra-nos que “a música é maior que nós todos, e nós somos também maiores com ela. Sem termos sequer que a entender. Os códigos são para ser estudados, mas nós somos sempre servos de fluxos que não conseguimos ver, mas essa percepção é o que faz valer a pena e ainda nos torna humanos”.
Gwenifer Raymond
04 maio - 18h
Persuasora da guitarra, dedilhadora de banjo, guitarrista primitiva galesa — é assim que Gwenifer Raymond se descreve de forma resumida. Ela induz o seu instrumento a explorar as complexidades mais sombrias dos afinamentos de cordas soltas, utilizando a técnica clawhammer do banjo e inspira-se nos legados dos músicos de blues pré-guerra e dos músicos de folk da região dos Apalaches que influenciaram o género American Primitive, um termo criado pelo seu pioneiro, John Fahey. Gwenifer Raymond começou a tocar guitarra inspirada pelo punk e pelo grunge. Após anos a tocar pelos vales galeses em várias bandas punk, começou a ter aulas com um professor de blues (uma mudança inspirada pela versão de Leadbelly dos Nirvana) que lhe ensinou os afinamentos de cordas soltas e lhe deu a ouvir um disco de John Fahey, selando o seu caminho musical e levando-a a criar suas próprias composições no estilo American Primitive, com toques de punk e folk-horror.
Promovido pelo Município de Setúbal, Fórum Municipal Luísa Todi, o Guitarras ao Alto tem a direção artística de Vasco Durão e produção executiva da Ghude, em parceria com o Soam As Guitarras.
Cofinanciamento: Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses
Apoio: Restaurante Sem Horas, Setúbal
PREÇOS
Geral | 5€