Bailados Russos

Piotr Ilitch Tchaikovski Lago dos cisnes: «Valsa»; Quebra-nozes: «Danse des mirlitons» e «Adagio»: Lago dos cisnes: «Final»
Serguei Prokofiev Romeu e Julieta: «Dança n.º 1» (suíte n.º 1), «Dança n.º 4» (suíte n.º 2); «Montéquios e Capuletos n.º 1» (suíte n.º 2); «A jovem Julieta n.º 2» (suíte n.º 2); «Máscaras, n.º 5» (suíte n.º 1); «Romeu e Julieta n.º 6» (suíte n.º 1); «Morte de Tybalt n.º 7» (suíte n.º 1)
Aram Khachaturian Spartacus «Adagio de Spartacus e Phrygia n.º 1» (suíte n.º 2), Gayaneh «Dança do sabre» (suíte n.º 3)

Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa

Os gestos e os movimentos do corpo humano permitem contar narrativas sem recurso à palavra, beneficiando de outro pujante recurso dramatúrgico: a música. As duas artes estão ligadas numa lógica de ressonância, refletindo-se e amplificando-se mutuamente.
O desafio de escrever música para ser dançada foi magistralmente abraçado pelos três compositores deste concerto.

Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893) marcou o papel da música no bailado com apenas três obras que se tornaram referência, O lago dos cisnes (1876), A bela adormecida (1889) e o Quebra-nozes (1892). Na valsa de O lago dos cisnes, ouvimos a princesa Odette e as suas companheiras transformadas em cisnes numa elegante
coreografia. No final, a princesa – para sempre sob forma de cisne – e o seu amado príncipe Siegfried encontram na morte a única forma de escapar aos poderosos feitiços do barão Rothbart. O luminoso bailado Quebra-nozes desenrola-se na véspera de Natal, quando uma série de figuras ganha vida.

O dramatismo regressa em Romeu e Julieta de Sergei Prokofiev (1891-1953). Antes da sua estreia (1938), o compositor fez circular a música em peças para piano e suítes orquestrais que foram muito bem acolhidas, sedimentando o retumbante sucesso que o bailado veio a ter. A pulsão de amor e de morte, eros e thanatos, encontra na linguagem musical de Prokofiev um poderoso veículo, conferindo uma grande força e profundidade a esta obra-prima.

O compositor soviético Aram Khachaturian (1903-1978) encontrou nos ritmos tradicionais do seu país natal, a Arménia, a fonte de inspiração para a sua música. «Pensei em Spartacus como um monumental fresco a descrever a possante avalanche da antiga rebelião de escravos em nome dos direitos humanos. Quando compunha a música para o bailado (…) nunca deixei de sentir uma afinidade espiritual de Spartacus com o nosso tempo.», referiu Khachaturian sobre o bailado estreado em 1956. A «Dança do sabre», do seu bailado Gayaneh (1942), é indubitavelmente a sua música mais célebre, marcada por harmonias exóticas e por um inexorável e eufórico ritmo.

PREÇOS
Geral | 20€

Descontos
Maiores 65 anos | Menores 25 anos