O MAR SEM FIM, DE DANIEL SCHEVETZ

Sab
07 jun25
Fundação da Casa de Mateus,
Vila Real, 18:00

Sinopse do Espetáculo

A Oratória “O Mar sem Fim” navega um dos muitos percursos narrativos possíveis, resultado de uma seleção de textos que servem de base à composição musical deste espetáculo. Uma proposta que oscila entre a oratória e a cantata, entre as múltiplas leituras e interpretações que Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, continuam a suscitar

Esta Oratória recebe este título como forma de evocar a nunca inaugurada Igreja de Santa Engrácia, hoje Panteão Nacional, onde foi originalmente pensada, e que acolhe os túmulos simbólicos de figuras como Camões e Vasco da Gama. Agora, a obra é apresentada noutro espaço de culto, a Capela da Fundação Casa de Mateus, com diferentes características arquitetónicas e acústicas. Sendo o épico Os Lusíadas a matéria-prima desta Oratória, nele se revelam múltiplas camadas de sentido: as viagens e descobertas de Vasco da Gama, algumas das quais Camões terá vivido; as referências e analogias com culturas e episódios da Antiguidade Clássica, Grega e Romana, por vezes longínquos ou até míticos; divindades, ninfas, nereidas, mitologia, entre outros registos e vozes que atravessam o poema. O Ulisses (1921), de James Joyce, evoca de forma clara personagens, estrutura e narrativa da Ilíada e da Odisseia, de Homero (c. século XII a.C.). Já a Sinfonia (1968), de Luciano Berio, repousa e se constrói sobre o Scherzo da 2ª Sinfonia de Mahler (1895), como sobre um verdadeiro tapete musical. Ao longo dos seus cerca de 12 minutos, ouvimos citações de 21 obras - de Beethoven, Bach, Stravinsky, Debussy, Schoenberg, entre outros - entrelaçadas com excertos de The Unnamable (1953), de Samuel Beckett. Curiosamente, o Scherzo de Mahler baseia-se num Lied retirado da coleção de contos populares Des Knaben Wunderhorn (O chifre mágico da criança), mais precisamente no “Sermão aos Peixes de Santo António de Pádua” (Des Antonius von Padua Fischpredigt). E se é certo que Santo António era português, não é claro que Mahler ou Berio tenham conhecido o famoso sermão do Padre António Vieira. É certo que a estrutura deste poema épico assenta na viagem de Vasco da Gama rumo a Calecute. Contudo, sem seguir uma narrativa linear ou cronológica, os dez cantos oferecem ao ouvinte um percurso povoado por figuras como Vênus, Tétis, Baco, o fogo de Santelmo, Taprobana, o Adamastor, a Ilha dos Amores, o Velho do Restelo, a tragédia de Pedro e Inês, e a batalha de Aljubarrota — referências que Camões terá lido ao Rei Dom Sebastião, algures nas redondezas de Sintra, nos anos 70 do séc. XVI. Fernando Pessoa diz, na sua evocação D’Os Lusíadas, a Mensagem, num passo de Mar Português, o III , ao que chama Padrão: “...que o mar com fim será grego ou romano, O mar sem fim é português”

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