O MUSEU
O MACAM - Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, abre ao mundo a coleção de arte moderna portuguesa e arte contemporânea nacional e internacional que o colecionador Armando Martins iniciou em 1974 e continua a desenvolver.
 
Este espaço museológico assume um conceito inovador: The House of the Private Collections. Uma casa onde o privado se torna público, para receber e apresentar outras coleções privadas.
 
Além da exposição em permanência da coleção, o MACAM apresenta outras exposições temporárias aos seus visitantes e um programa paralelo de conferências e encontros que promove a reflexão em torno do programa expositivo.
 
Para além dos vários espaços expositivos, encontra obras site-specific instaladas no edifício, o jardim, espaços de restauração, a loja com produtos exclusivos e a deslumbrante antiga capela, dessacralizada, dedicada às artes performativas e à literatura. Uma ampla oferta que merece a sua visita.
 
Antropoceno: Em busca de um novo humano?

Estamos numa nova era: a era do Antropoceno. Este termo ainda não nos é amplamente comum, mas importa começar a familiarizar-nos com ele, uma vez que nos diz respeito e define o nosso contexto atual. A origem etimológica da palavra congrega dois termos gregos anthropo-, que significa "humano", e -ceno que significa "novo".

Antropoceno surgiu como um conceito científico interdisciplinar, para identificar a época geológica em que o comportamento dos humanos no Planeta Terra começou, de forma crescente, a ganhar impacto na natureza. Perante evidências científicas esmagadoras sobre a crise climática atual e a emergência de alterar o estado de ameça em que o planeta terra se encontra, urge repensar a relação entre a humanidade e o universo.

Sempre atenta ao mundo envolvente, tanto na sua dimensão exterior como interior, a arte serve como um barómetro sensível da sociedade, captando e refletindo as mudanças, tensões e questionamentos do mundo ao redor.

Esta exposição reúne obras da coleção MACAM, de diferentes autores nacionais e estrangeiros, que refletem emoções, posturas e perspectivas através de diferentes abordagens. Num percurso organizado em três núcleos, defrontamo-nos, por meio das obras expostas, primeiramente com uma visão sobre o contexto em que nos situamos e que nos (re)posiciona face ao Cosmos, no segundo núcleo surgem em foco questões ontológicas e éticas da acção humana sobre o meio ambiente, por fim o papel vital da natureza que nos envolve e que temos de aprender a respeitar e defender.

A ambição de alcançar justiça ambiental para as gerações futuras, está dependente do reconhecimento da nossa interdependência com a natureza, da adoção de práticas mais sustentáveis e da redefinição da nossa identidade coletiva como guardiões do planeta.