A tradição do fado tecida com a modernidade da eletrónica e a força da poesia urbana.
Munida da palavra como arma principal para tudo o que o seu universo comunica, Rita Vian tem em “SENSOREAL” o ensaio do presente artístico, de uma manifestação poética e estética que marca a sua estreia em álbuns. A primeira viagem em álbum em que Vian explora várias dimensões como composição, escrita, produção e imagem.
Após o EP “Caos`a”, que contou com a produção de Branko e um reconhecimento grande do público e dos media, bem como uma digressão que a levou a palcos fundamentais como o do NOS Alive, Vodafone Paredes de Coura, NOS Primavera Sound, ID No Limits, Bons Sons, Courage, entre outros, o novo trabalho de Rita Vian segue na exploração das conexões entre eletrónica, fado e poesia urbana.
Ritmos tradicionais do povo Luvale com influências contemporâneas como Zamrock, soukous, highlife, reggae e uma voz simultaneamente poderosa e vulnerável.
Todos os domingos, realiza-se uma reunião sob o calor escaldante nos terrenos de uma antiga cervejaria local no bairro de Chinotimba, em Mosi-o-Tunya (Victoria Falls). A animação é proporcionada por vários grupos tradicionais, incluindo a mascarada Luvale Makisi. É um dia repleto de cantos, tambores, danças e contação de histórias. Mathias Muzaza pode ser encontrado aqui a cantar com uma voz simultaneamente poderosa e vulnerável. Trustworth Samende, Ndaba Coster Moyo, Abundance Mutori, Phathisani Moyo e Miti Mugande frequentemente também se juntam. A canção impulsionada por tambores "Bakalubale" convida-o para esta reunião.
A inspiração de Mokoomba surge destes encontros, do ato de partilha, de ouvir e tocar música tradicional pura com todos no bairro. Originários de Chinotimba, uma comunidade vibrante em Victoria Falls, no Zimbabué, os Mokoomba são uma das bandas mais inovadoras e aclamadas do continente africano. Combinando ritmos tradicionais do povo Luvale com influências contemporâneas como Zamrock, soukous, highlife e reggae, criam uma sonoridade única que celebra a diversidade cultural africana.
O seu terceiro álbum, “Tusona: Tracings in the Sand”, é uma homenagem às tradições ancestrai. Gravado de forma independente durante a pandemia, o álbum destaca-se pela fusão de instrumentos acústicos e elétricos, e pela colaboração com artistas como o grupo de highlife ganês Santrofi e o cantor congolês Desolo B.
As letras abordam temas universais como amor, perda e coragem, refletindo sobre os desafios sociais contemporâneos. Cantando em várias línguas locais - como Tonga, Luvale, Shona, Nyanja e Lingala — os Mokoomba reforçam a importância da preservação cultural num mundo em constante mudança.
Com uma presença de palco enérgica e uma profunda ligação às suas raízes, os Mokoomba não só revitalizam a música tradicional zimbabueana, mas também a projetam para o futuro, conectando gerações através da música.
11 de Julho
Kasiva Mutua| Quénia
Uma das principais percussionistas e bateristas do Quénia toca música para celebrar o espírito da sua comunidade, contar as histórias do seu povo e elevar o lugar da mulher africana na música.
Kasiva Mutua aprendeu percussão inspirada pelas histórias tradicionais contadas pela sua avó, e desenvolveu o seu próprio talento para ritmos poderosos. É uma das principais percussionistas e bateristas do Quénia, nas suas performances expressivas tanto pode contar uma história por si só ou manter uma banda perfeitamente sincronizada.
À música tradicional africana acrescenta estilos modernos do jazz, hip-hop, reggae ou funk, sendo uma das poucas mulheres africanas percursionistas com uma carreira continental e internacional. Kasiva toca música para celebrar o espírito da sua comunidade, contar as histórias do seu povo e elevar o lugar da mulher africana na música. Tem participado em inúmeras colaborações musicais interculturais, incluindo The Nile Project, 1Beat, x-Jazz Women, Coke Studio Africa, entre outras.
Em 2015, cofundou o primeiro coletivo feminino de percussão do país, MOTRAMUSIC (MOdern and TRAditional rhythms). O MOTRAMUSIC ensina jovens mulheres e raparigas a arte da percussão, do ritmo e a compreensão do ritmo como um todo. Com o tempo, o MOTRAMUSIC evoluiu de um projeto baseado na percussão para uma irmandade onde as raparigas formaram amizades duradouras e laços que são outra família; tudo através da percussão.
Kasiva tem atuado em vários festivais a nível internacionais, como o Global Fest, o Smithsonian Folklife Festival, Sauti Za Busara, o Holland Festival, o Asheville Percussion Festival, SAKIFO, ZAKIFO, entre outros, e trabalhou com músicos de renome como Kirk Whalum, o falecido Oliver Mtukudzi, Anthony B, Bastian Baker, Nomoucounda Cissoko, Thais Diarra, entre muitos outros. É membro do Nairobi Horns Project, com sede no Quénia, e acompanha vários músicos no Quénia, como o Safaricom Choir, Maia and the Big Sky, Fadhilee Itulya, Silayio, Kidum, entre outros. Kasiva foi nomeada TEDGlobal Fellow em 2017, com a sua apresentação híbrida de palestra e performance a alcançar mais de 1,2 milhões de visualizações. Assista aqui. Também foi nomeada uma das 100 Mulheres da OkayAfrica em 2018.
TITO PARIS & Colectivo Gira Sol Azul | Cabe-Verde e Portugal
O semba, a coladeira e a morna de Cabo-Verde num concerto que promete ser uma celebração da lusofonia, da diversidade, da vida e repleto de energia e emoção.
Em 2025, o Que Jazz é Este e o Tom de Festa renovam a sua parceria para oferecer um concerto especial ao público, que integra a programação de ambos os festivais.
Nesta edição, Tito Paris será o convidado especial que partilhará o palco com o Colectivo Gira Sol Azul. O filho querido de Cabo Verde, é hoje sinónimo de um dos maiores marcos culturais do seu país, mas também de alguém que contribuiu, e continua a fazê-lo, para a criação de pontes culturais e ligações entre vários povos.
Composto por músicos da Gira Sol Azul, o colectivo com o mesmo nome integra mu´sicos que residem na regia~o de Viseu e comporta ja´ 3 gerac¸o~es de mu´sicos que se apresentam desde 2007 nos mais diversos contextos e como suporte de va´rios projetos assinados pela associac¸a~o.
Ao vivo, esperamos um concerto de celebração da diversidade, uma obra multicultural, onde cabe todo o imenso mundo lusófono. Às melodias cativantes, à guitarra, aos ritmos tradicionais de Cabo Verde de Tito Paris, juntar-se-á a energia jazzística e estilos contemporâneos do Coletivo Gira Sol Azul.
Concerto: jazz
Duração: 60 min.
Com: Tito Paris (voz), Ana Bento, Catarina Almeida e Célia Botelho (back vocals), Martim Cordeiro (saxofone), Jasmim Pinto (trompete), Joaquim Rodrigues (direção, arranjos, teclados), Bruno Pinto (guitarra), Pedro Lemos (baixo) e Miguel Rodrigues (bateria)
EL LEON PARDO | Colômbia
Uma viagem cósmica onde o folk é simultaneamente o mapa e o destino, com a flauta pré-colombiana a servir de bussola à navegação musical.
El León Pardo convida-nos a embarcar numa viagem cósmica através dos sons ancestrais da Colômbia, fundidos com a modernidade eletrónica. Armado com a sua inseparável kuisi — a flauta pré-colombiana símbolo de resistência cultural —, o músico de Cartagena apresenta o seu mais recente trabalho, “Viaje Sideral”, um álbum que transcende fronteiras musicais e temporais.
O público do Tom de Festa será envolvido por uma tapeçaria sonora onde se entrelaçam percussões caribenhas, sintetizadores analógicos, baixos profundos e guitarras elétricas. No álbum encontram-se temas como "Cumbia Espacial", com a participação do rapper N. Hardem, e "Urmah", em colaboração com Edson Velandia, que exemplificam esta fusão entre o tradicional e o futurista, criando uma atmosfera hipnótica que convida à dança e à contemplação.
Jorge Emilio Pardo Vásquez é o músico por trás do projeto El León Pardo. Compositor, trompetista e gaiteiro, foi influenciado desde cedo pela alma da gaita e da música do Caribe Colombiano. Em 2013 cria este projeto com objetivo de expressar uma sonoridade única e genuína, fundindo ritmos tradicionais colombianos com elementos de psicodelia e improvisação jazzística.
Mais do que uma simples apresentação musical, o concerto de El Léon Pardo é uma celebração da herança cultural colombiana e uma afirmação da sua relevância no mundo contemporâneo. O palco vê-se transformado num espaço onde o passado e o presente dialogam harmoniosamente, oferecendo ao público uma experiência sensorial única que ecoa muito além do palco e da plateia.
12 de Julho
LEO MIDDEA| Brasil
Melodias doces, a pedir uma pezinho de dança, num concerto em português influenciado pela Música Popular Brasileira e a alma lusófona.
Leo Middea é conhecido pelas suas performances encantadoras, seja a solo ou em formato de banda, de voz doce e canções influenciadas pela MPB, o músico põem sempre as plateias por onde passa a cantar em uníssono.
Apesar de jovem tem uma carreira musical impressionante, começou a sua jornada em Buenos Aires, aos 18 anos, onde deu cerca de 23 concertos pelo país, em 2015. Desde então, lançou vários álbuns, incluindo “Dois” (2014), “A Dança do Mundo” (2016), “Vicentina” (2020), “Beleza Isolar” (2020) e “Gente” (2023).
Em 2024, Leo bate a meta de 100 concertos em vários países diferentes. O seu quinto álbum, “Gente”, que contou com a participação especial de Mallu Magalhães em “Borboleta Efeito” e de Curandeira e Béesau, atingiu 1 milhão de streamings um mês após seu lançamento.
Leo Middea recebeu o Prémio Embaixadores na categoria Música, em maio de 2024, um reconhecimento pelo seu papel ativo e incansável na promoção da cultura portuguesa e brasileira pela Europa. No mesmo mês lançou novo single nas plataformas digitais: “Mãe”, numa versão ao vivo gravada no Bang Venue em Torres Vedras, onde Leo é acompanhado ao teclado por Giovanni Barbieri.
Em novembro, abriu o concerto de Marisa Monte em Paris, algumas semanas depois estreou o podcast “Tem Café, Tem Conversa” e acaba o ano com o lançamento do seu primeiro álbum ao vivo “Solo nights (Live in Europe & Brazil)”, um disco com 8 canções gravadas em 8 cidades diferentes. Para 2025, Leo Middea tem já marcados 42 concertos em 11 países diferentes e prepara o seu sexto álbum de estúdio.
“Leo é, como já dissemos acima, um grande performer, e é comovente ver o carinho que consegue agregar junto de si, tanto de fãs que estão a celebrar com ele 10 anos a ouvir a sua música como de pessoas que vieram mais recentemente e ficaram pela sua simpatia, energia positiva e, sobretudo, pelas doces melodias que pedem um pezinho de dança.” In Altamont
CAPICUA | Portugal
Um concerto para ouvir quando o mundo parece prestes a acabar, para encontrar a esperança na força insubmissa da arte, das palavras, da música e dos sonhos comuns.
Para consumar o lançamento do mais recente disco, Capicua tem novo espetáculo.
"Um gelado antes do fim do mundo” é um disco sobre o nosso tempo. Fala sobre a sobrevivência da poesia num mundo em colapso, sobre a nossa carência de futuro, de utopia e de esperança, mas, sobretudo, sobre o encantamento, na arte e na natureza, como antídoto para tudo isso.
Da mesma forma, o espetáculo “Um gelado antes do fim do mundo” pretende cultivar esse encantamento, celebrando a força insubmissa das palavras e da música, como forma de construção de novos mundos.
Acompanhada por Luís Montenegro, Virtus, D-One, Inês Malheiro e Joana Raquel e com projeções de vídeo de André Tentúgal, Capicua apresenta um concerto musicalmente fluído e contagiante, construído a partir da sua força poética, entre a voz cantada, a palavra dita e o rap.
Dos temas emocionais, às músicas mais dançáveis, passando pelas canções mais interventivas e alguns clássicos da rapper, é impossível ficar indiferente ao impacto de um espetáculo musical, guiado pelo poder galvanizante da palavra e pela mestria de
Capicua.
Ficha Artística / Técnica
Capicua – voz
Joana Raquel - coros
Inês Malheiro - coros
D-One – dj
Virtus – mpc
Luis Montenegro – guitarra, baixo
Jorge Jacinto – som de frente
Carlos Casaleiro – som de palco
Virgínia Esteves – luz e vídeo
Emanuel Rocha - roadie
Mário Castro - road manager manager
Radar dos Sons – booking e produção executiva
Al-QASAR | Países Árabes
Uma sonoridade singular que combina sons psicadélicos do Médio Oriente com influências do rock ocidental, criando uma fusão musical que atravessa continentes e culturas.
Quando os continentes colidem, produzem um som estrondoso. O fuzz árabe dos Al-Qasar, como lhe chamam, é uma visão descaradamente eléctrica e profundamente ligada às suas raízes. Al-Qasar foi criado no bairro de Barbès, em Paris, em 2015, pelo produtor franco-americano Thomas Attar Bellier. Os músicos vieram de França, Arménia, Turquia e Estados Unidos.
A formação principal do projeto inclui a cantora turca de rock psicadélico Sibel Durgut, o baterista franco-arménio Sacha Viken e o baixista francês Guillaume Theoden. No primeiro álbum completo de Al-Qasar, o baixo, a bateria e a percussão criam um groove irresistível, enquanto o saz elétrico e as guitarras constroem um muro de lamentações acima, com vozes turcas e árabes extasiadas inspiradas pela história à medida que caminha para o futuro. Como uma celebração psicadélica na pista de dança, o álbum vibra com o tipo de energia profunda que faz com que Al-Qasar soe como a banda de casamento mais perigosa do mundo.
Em "Who Are We?", a produção contundente de Thomas Attar Bellier é aumentada pelo engenho de mistura de Alain Johannes (PJ Harvey, Arctic Monkeys, QOTSA) e pela perícia de masterização do vencedor de um Grammy, Dave Collins (Madonna, Soundgarden). A atração magnética de Al-Qasar atraiu grandes nomes de todo o mundo, como Jello Biafra dos Dead Kennedys, Lee Ranaldo dos Sonic Youth, o inovador Alsarah de Nova Iorque via Sudão, o virtuoso oud argelino Mehdi Haddab (Speed Caravan) e o aclamado cantor egípcio Hend Elrawy (Orange Blossom).
A música de Al-Qasar nunca vacila, partindo das raízes hipnóticas do trance norte-africano e ligando-as com a beleza elaborada das escalas árabes e o choque e a emoção do rock'n'roll
DJ MdM | Portugal
Ritmos brasileiros e africanos num DJ set eclético e eletrizante.
MdM é o nome artístico de Maria do Mar, DJ e produtora cultural de Lisboa. Começou a desenvolver o seu trabalho como DJ em 2022 e, desde então, tem vindo a afirmar-se como uma presença vibrante e transformadora nas pistas de dança. A sua maior inspiração é a icónica Rita Lee, cujo espírito irreverente e livre está sempre presente nos seus sets.
Com um som eclético e eletrizante, MdM combina géneros como Pop, Afrobeats, House, MPB e Disco, conduzindo o público numa viagem musical coletiva que atravessa décadas e continentes - dos anos 80 até à atualidade. Através da sua curadoria e energia contagiante, MdM cria ambientes onde todas as pessoas se podem sentir livres e representadas.
Tem deixado a sua marca em palcos nacionais e internacionais, com atuações em Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha e Brasil, com música envolvente, capaz de unir diferentes pessoas na celebração do som e movimento.
Após uma residência artística no Brasil no início do ano, MdM traz ao To de Festa um DJ Set carregado de ritmos brasileiros e africanos, para terminar o festival com muita dança.