CANTAR DE GALO

Sab
08 nov25
Teatro Ribeiro Conceição,
Lamego, 18:00

Sinopse do Espetáculo

Vencedor de um prémio Pulitzer e de dois prémios Tony, Robert Schenkkan é um dramaturgo notável. Convidámo-lo para uma residência na mala voadora, no âmbito do programa InResidence da Ágora/Câmara Municipal do Porto, e o nosso mútuo entendimento rapidamente levou a uma vontade partilhada de colaborarmos num projeto. E Schenkkan fez-nos uma proposta surpreendente: escrever um monólogo para Jorge Andrade em que este interpretasse o papel de Galo de Barcelos. A escolha desta personagem foi o resultado da aproximação de Schenkkan à História de Portugal e, sobretudo, àquilo que, dessa História, ainda se reflete na nossa cultura. Interessou-se pelos contornos do fascismo português, pela cultura que o regime inventou, inevitavelmente pela figura de António Ferro e pelas suas invenções iconográficas para um Portugal simultaneamente nacionalista e moderno. Curiosamente, no percurso de Ferro há um ponto em que as nossas culturas – a portuguesa e a estadunidense – se cruzam: a visita de Ferro a alguns estúdios de Hollywood. A grandiosidade das construções cénicas daquele cinema alimentou a imaginação de Ferro para a criação de cenários representativos de uma portugalidade monumental, ou de uma História de Portugal ficcionalizada – aquela de que faz parte o Galo de Barcelos.

No espetáculo, o Galo de Barcelos, interpretado por um Jorge Andrade emplumado, surge assim em cena como uma testemunha. Conta a sua história infeliz: ter sido morto e depenado, em frente a toda a capoeira, para ser assado; ter- se levantado da travessa onde estava a ser servido para, num milagre, reivindicar a inocência de um homem erradamente considerado criminoso; ter-se transformado assim num símbolo de justiça, protetor da liberdade dos inocentes; e ter acabado novamente cheio de plumagem, mas desta vez de um decorativismo duvidoso, com cornucópias e corações na cauda. E conta a história da cultura visual do Estado Novo que ele próprio ilustra.

No espetáculo, o solilóquio do Galo é interrompido pelo próprio inventor do Estado Novo: António de Oliveira Salazar. Posto a falar através de uma manipulação digital da sua imagem (deepfake), Salazar tentará menosprezar a figura do Galo, mas em vão. Este fará justiça, quer à fama do animal que é – um galo –, quer ao símbolo de justiça em que o transformaram. Se Salazar inventou uma História para Portugal e o Galo de Barcelos pode ser visto como uma mera figura decorativa, colateral, a verdade é que ele sobreviveu a essa História. Teve (ou tem) mais longevidade do que Salazar; e é mais intemporal na sua portugalidade do que o Estado Novo. O velho galo.


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