Sinopse do Espetáculo
Na praia que era de todos, dei muitos mergulhos voadores. Fiz exércitos de carochas da paz e comi gelados de laranja.
A areia era fina, macia e quente.
O meu pai dizia-nos: vão lá para o fundo. E quando ele baixava o braço, era desatar a correr com quantas pernas tivéssemos. Quem perdia não ganhava prémio. Quem ganhava também não. Valia pelo divertimento.
A maré vazia formava milhares de poças, onde cada um brincava com a imaginação que tinha.
o resto do tempo eram cambalhotas, pinos e rodas até doer os pulsos. E depois adormecer naquele fim de tarde
Se um dia me perguntarem por Tróia,
era sobre isto que gostaria de falar.
Em vez do incomportável preço dos bilhetes
da vaidade de quem exclui
do espaço público feito privado
das dunas protegidas por caterpillars
dos governos que adormecem sob a palmeira importada
dos condomínios de luxo
da segregação.
Ferry Gold nasce de textos terceiros, de beats, pinturas, manias, falas parlamentares e notícias. De lugares onde às vezes só a natureza torna os dias sãos. São ensaios livres , observação; nada têm de académicos. São o passo dos dias, casas desarrumadas, famílias de luto.
Dentes estragados e punhos cerrados, ironias coletivas, sonhos levantados do chão.
Abertura de Portas
30 minutos antes do espetáculo
PREÇOS
Plateia | 7,50€