Roger Corrêa é um dos mais promissores acordeonistas diatónicos no jazz, destacando-se como compositor e músico virtuoso. A sua obra revela uma faceta pouco explorada da música brasileira: a expressão sulista, que dialoga com a tradição sul-americana, a música clássica e o jazz contemporâneo.

Natural de Guaíba (Rio Grande do Sul-Brasil), nascido em 1998, iniciou os estudos musicais em casa aos 6 anos com o irmão e aprofundou no projeto Fábrica de Gaiteiros, de Renato Borghetti. Aos 13 anos integrou grupos de música regional gaúcha e, ainda antes disso, acompanhava o pai músico em festas locais. Até aos 16 anos dedicou-se sobretudo à música folclórica do sul do Brasil, Uruguai e Argentina. Mais tarde, o contacto com o Choro levou-o a rodas musicais em Porto Alegre e à escuta de nomes como Tom Jobim, Jacob do Bandolim e Pixinguinha, mudando-se depois para Florianópolis.

Ao longo da carreira, atuou com artistas como Yamandu Costa, Renato Borghetti, Luis Salinas, Paquito D’Rivera e Javier Colina, e apresentou-se em países como Marrocos, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Chile, Uruguai, Argentina e Guatemala. Foi ainda solista convidado em mais de 50 concertos com a Orquestra Camerata Florianópolis.

Gravou o seu primeiro álbum, Sul em Aquarela, aos 25 anos, e lançou o segundo, Latino Ibérico, em 2024. Em 2025 foi o único brasileiro convidado a atuar na Jazzahead, a maior feira internacional de jazz, na Alemanha, perante uma plateia de programadores, promotores e jornalistas especializados.

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