No Forte de São Jorge de Oitavos, os visitantes terão uma perceção mais ampla dos aspetos relacionados com a construção da fortificação e do seu papel enquanto dispositivo militar, inserido no conjunto das muitas fortificações militares da defesa avançada da barra do Tejo, edificadas a partir de 1640. São também abordados temas relacionados com o desenvolvimento da artilharia e dos fardamentos, recorrendo-se a réplicas de uniformes e a gravuras antigas, bem como instrumentos que eram utilizados no antigo paiol e no serviço das bocas-de-fogo.
De planta retangular, apoiado sobre a falésia, o Forte de São Jorge de Oitavos foi construído entre 1642 e 1648 e destinava-se ao aquartelamento de pequenas guarnições, especialmente de artilharia, com o objetivo de comandar o litoral entre o Guincho e a Guia, e evitar desembarques locais. A fortificação era artilhada com quatro peças, sendo a sua lotação normal de 1 cabo, 3 artilheiros e 18 soldados. Classificado como Imóvel de Interesse Público, o edifício foi cedido à Câmara Municipal de Cascais pela Direção-Geral do Património do Estado em 1999, com vista à sua musealização.
Após obras profundas que fizeram ressurgir o seu traçado original, este espaço cultural abriu pela primeira vez a 1 de março de 2001. O projeto de musealização incidiu na recuperação de todo o seu interior, enriquecido com uma reconstituição de época, com base num desenho datado de 1796.
Em setembro de 2005 o Forte foi encerrado para a realização de novas obras de beneficiação e recuperação, de forma a solucionar alguns problemas entretanto verificados na sua estrutura. Esta intervenção consistiu na reparação e requalificação do seu espaço interior, bem como na reabilitação das muralhas envolventes, afetadas por um conjunto de patologias nefastas nos rebocos exteriores. Após a conclusão dos projetos de arquitetura e especialidades, e de uma revisão dos conteúdos da sua área expositiva, o Forte de São Jorge de Oitavos reabriu ao público no dia 28 de fevereiro de 2009.
Neste projeto foi acautelado o total respeito pelas características vernaculares da arquitetura seiscentista. O conjunto apoia-se sobre a falésia e espreita o mar com a sobranceria própria de um edifício militar, cuja construção se ficou a dever à necessidade de proteger as gentes da terra dos inimigos que se aproximavam por mar, piratas ou tropas invasoras, que encontravam naquele trecho recortado da costa cascalense um razoável ponto de possível desembarque.
As duas primeiras salas deste centro interpretativo recuperam, através do seu discurso expositivo, as memórias de acontecimentos vários, ocorridos ao longo do tempo e que marcaram de forma indelével a vida de quem aqui residiu e esteve ao serviço da defesa da linha de costa, em tempos de guerra ou de paz. A terceira sala é consagrada à realização de exposições temporárias, privilegiando-se temas relacionados com a história e vivências do Forte de S. Jorge Oitavos ou com a história de Cascais.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
De terça-feira a domingo das 10h às 18h
PREÇOS
Geral | 4,00€
Descontos
Aderentes Cartão FNAC -40%
Munícipe | Sénior a partir dos 65 anos | Estudantes | Bilhete Grupo a partir de 7 Pessoas
Gratuito
Antigos Combatentes, viúvas e viúvos (artº18, lei 46/2020, de 20 de agosto) | 1º Domingo de cada mês | Crianças até aos 18 anos (inclusive) conforme plano das Cidades Amigas das Crianças - UNICEF | Detentores do cartão escolar integrado - Cascais | Escolas e Instituições de educação com marcação prévia | Membros do ICOM, APOM, Academia Portuguesa da História, Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Academia Nacional de Belas Artes, Academia das Ciências de Lisboa,Funcionários CMC/FDL, Empresas e Associações Municipais e Funcionários da Presidência da República. | Desempregados | Membros ou representantes de parceiros e patrocinadores do BM (incluindo Museu da Presidência) | Guias Turísticos credenciados | (Antigos) Presidentes da República e familiares até ao 2º grau.